Fumo de rolo arreio e cangalha
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho broa e cocada
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pé de moleque, alecrim, canela
Moleque sai daqui me deixa trabalhar
E Zé saiu correndo pra feira de pássaros
E foi passo-voando pra todo lugar.
Uma viagem antropológica, curiosa, enriquecedora e gratificante, uma manhã em uma típica, movimentada e alegre feira de Mangaio, localizada na cidade de Solânea é uma verdadeira aula sobre o ser humano sertanejo que vive, trabalha e do fruto desse trabalho mantêm as tradições sócio-culturais do interior da Paraíba.
Todos os sábados, com o sol ainda dormindo por detrás das serras de Bananeiras, as Veraneios e Caminhonetas chegam lotadas de produtos, as barracas começam a serem cobertas com lonas azuis, verdes, amarelas, o cinza dos paralelepípedos ganha novas cores, potes de barro, arreios para cavalo, chapéus, fumo de rolo, peneiras, Franciscos, Josés, Antônios ofertam seus coloridos e diversificados produtos.
O mestre Sivuca com a beleza do seu poema e com a harmonia da sua sanfona não poderia ter sido mais fiel, mostrando por meio da sua música as características da verdadeira feira de mangaio.
A feira é uma festa, logo surge um trio de pé de serra, uma sanfona, uma zabumba, um triangulo espalham o som pelos corredores de barracas, Xote, Maracatú e Baião, tudo isso saiu daquele matulão, sonoridades, cheiros, pessoas e cenários perfeitos para um registro fotográfico, em pouco mais de quatro horas e quase 250 fotografias depois saio maravilhado e devendo um retorno, votarei e entregarei algumas fotografias reveladas a quem com curiosidade e orgulho permitiu ser fotografado.
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